Fertilização In Vitro e Gravidez de Gêmeos: qual a relação?
Será que é difícil prever ou controlar o número de óvulos que serão fertilizados durante os tratamentos de fertilidade? Qual é a relação entre fertilização in vitro e gravidez de gêmeos? Será que a gestação múltipla representa riscos maiores para a mãe e para os bebês?
São muitas as dúvidas que podem surgir quando consideramos fazer um tratamento de reprodução humana assistida — o que, aliás, é perfeitamente normal!
Por isso, seja você uma mulher que optou pela produção independente ou um casal com dificuldades para gestar e quer recorrer à medicina para realizar o sonho da maternidade e paternidade, leia este artigo. Vamos falar sobre esse tema em detalhes.
Boa leitura!
O que é a Fertilização in Vitro?
A Fertilização In Vitro (FIV) é um tratamento de reprodução assistida realizado em clínicas e laboratórios especializados.
Durante a FIV, os óvulos são coletados dos ovários da mãe — ou doadora de óvulos — e fertilizados pelos espermatozoides do pai — ou doador de sêmen — em ambiente controlado. Os óvulos fertilizados se tornam em embriões e é feita a transferência embrionária, em que o material genético é levado novamente ao útero, que pode ser da futura mãe ou de uma barriga solidária.
Um ciclo completo de fertilização in vitro leva cerca de três semanas e tudo começa com a estimulação ovariana, realizada com hormônios injetáveis que induzem à ovulação. Nessa etapa, a mulher é acompanhada durante alguns dias por uma equipe médica; e quando seus óvulos estão maduros são retirados através de um procedimento chamado punção ovariana.
Depois disso, é conduzida a fertilização in vitro, de fato, em laboratório. Passados mais alguns dias são selecionados os embriões que se desenvolveram melhor e inseridos novamente no útero da paciente para que a gestação se inicie.
Aliás, vale pontuar que os embriões não utilizados são congelados!
O que é uma gestação múltipla?
Uma gravidez múltipla ocorre quando a mulher está carregando mais de um bebê na mesma gestação, que podem ser gêmeos, trigêmeos e assim por diante.
Praticamente, existem duas maneiras principais pelas quais uma gravidez múltipla pode acontecer:
- Um óvulo fertilizado se divide, gerando irmãos idênticos. Neste caso, todos serão do mesmo sexo.
- Mais de um óvulo é fertilizado por espermatozoides diferentes ao mesmo tempo. São os chamados múltiplos fraternos. Esses bebês não são idênticos e podem ter sexos diferentes.
Existem vários fatores que podem aumentar o risco de um nascimento múltiplo, na própria gestação natural, que são:
- Hereditariedade;
- Etnicidade;
- Idade mais avançada;
- Fatores genéticos.
Quais os riscos de gestação múltipla? na FIV?
A estimativa é que cerca de 15% a 20% das gestações geradas pelos procedimentos de fertilidade assistida sejam múltiplas. Esse risco ocorre, pois o tratamento visa aumentar as chances de gravidez.
Mas, por que uma gravidez gemelar ou múltipla é considerada de risco? Veja só a seguir.
Quais as possíveis consequências de uma gestação múltipla?
Como você pôde notar ao longo deste artigo, a gestação múltipla é considerada de risco e há alguns motivos para isso.
Pense bem: uma gestação natural de apenas um filho, por si só, acarreta alguns riscos para mãe e filho. Agora, quando um bebê divide seu útero com outro, ou outros, os riscos são maiores. O feto também se prejudica, visto que está dividindo seu espaço e a nutrição, que recebe pela placenta, com outros.
Embora existam gestações múltiplas que se desenvolvem tranquilamente, é preciso ter ciência da possibilidade aumentada para esses riscos. Até porque esse ambiente mais frágil em que crescem aumenta consideravelmente a os riscos de complicações obstétricas.
Para os bebês, há o risco de nascimento prematuro, que exige cuidados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) neonatais; problemas respiratórios; baixo peso; paralisia do cérebro e até mesmo morte fetal.
Além de presenciar e sentir as complicações para os filhos, as mães também estão suscetíveis a aborto natural; parto prematuro; diabetes gestacional; pressão alta durante a gravidez; anemia; hemorragia no pós-parto; ruptura das membranas e cesárea.
Antes de iniciar a FIV, ou qualquer outro procedimento de fertilidade, os futuros pais e mães — o casal ou mulher que busca reprodução independente — são informados sobre todos os riscos pela equipe de profissionais que conduzirão o tratamento.
Dentre as orientações, uma das mais importantes, inclusive é uma determinação do Conselho Federal de Medicina (CFM), é quanto ao limite de embriões inseridos nas mulheres por idade, veja só:
- Até 37 anos: máximo 2 embriões;
- mais de 37 anos: máximo 3 embriões.
Essa determinação é essencial para o controle de gestações múltiplas que, mesmo assim, podem acontecer.
A relação entre fertilização in vitro e gravidez de gêmeos não impossibilita os tratamentos de fertilidade
Como você pôde notar, existe sim uma relação direta entre fertilização in vitro e gravidez de gêmeos. Porém, com a medicina moderna o controle dessa situação é alto e, mesmo que a gestação de múltiplos ocorra, há muitas formas de preservar a saúde de mãe e filhos com um pré-natal cuidadoso.
Esperamos que esse conteúdo tenha te ajudado a entender mais sobre a relação entre fertilização in vitro e gravidez de gêmeos.
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