Seg à Sex, de 08:00 às 18:00Fragmentação do DNA espermático x Infertilidade masculina
A infertilidade masculina ainda pode ser um tema que gera dúvidas por ser um tabu na sociedade. Essa condição tem diversas causas. Recentemente, têm surgido alguns trabalhos que sugerem a presença de fragmentação do DNA espermático em pacientes inférteis.
Nem sempre é fácil para os casais identificar a causa da dificuldade para gestar. Se este é o seu caso, saiba que é importante estar aberto para verificar todas as possibilidades e se informar bem sobre o assunto.
No artigo a seguir, falamos sobre a relação da fragmentação do DNA espermático e infertilidade masculina. Continue a leitura!
O que é DNA espermático?
DNA espermático é como se chama o composto de informações genéticas contidas nos espermatozóides do homem. Esse pedaço do material genético se localiza na cabeça do espermatozóide e contempla um par de cada gene masculino nos cromossomos.
O que é fragmentação do DNA espermático?
A fragmentação do DNA espermático é como chamamos a prejuízo da integridade da cadeia de DNA presente nos espermatozoides. Aliás, a integridade do DNA dos gametas masculinos é essencial para uma fecundação saudável.
Vale destacar que esse tipo de dano no ao material genético pode afetar a fecundação e o desenvolvimento embrionário, resultando em falhas na implantação e até mesmo aborto, isso tanto na concepção natural quanto na gravidez obtida via tratamentos de reprodução assistida.
Alguns estudos sugerem que homens inférteis apresentam maior extensão de danos no DNA espermático em comparação aos homens férteis, principalmente devido ao estresse oxidativo, ou seja, à produção excessiva de espécies reativas de oxigênio. No entanto, alterações na cromatina, mecanismos de reparo do DNA e envelhecimento também podem resultar em danos ao DNA.
Deste modo, a fragmentação do DNA espermático pode vir a ser apontada como uma causa de infertilidade masculina, apesar de ainda não haver uma comprovação científica a este respeito.
Há, também, alguns fatores que podem aumentar o risco de fragmentação do DNA espermático. São eles:
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Varicocele, uma inflamação do aparelho reprodutor masculino;
- Exposição a produtos químicos;
- Alcoolismo e uso de tóxicos;
- Uso de medicamentos para o tratamento de câncer, entre outros.
Embora o exame padrão para investigar a fertilidade masculina seja o espermograma, ele não possibilita a análise de possíveis danos ao DNA. Há, porém, um teste de fragmentação do DNA espermático, que pode ser aplicado aos casos em que há fator masculino grave.
Qual é a relação entre a infertilidade masculina e a fragmentação do DNA espermático?
A presença de uma alta porcentagem de fragmentação de DNA dos espermatozoides pode reduzir a sua capacidade de fertilizar o óvulo e formar um embrião.
No entanto, é importante destacar que há uma falta de conclusão nos estudos e outras pesquisas mostraram que é comum encontrar fragmentação de DNA em espermatozóides de homens férteis, sugerindo uma ausência de correlação.
Quando procurar ajuda médica?
A fragmentação do DNA espermático não apresenta sintomas visíveis. Por isso, é recomendado que casais que tentam engravidar há mais de um ano e não obtiveram sucesso procurem um especialista em reprodução humana.
E como funciona o tratamento? O tratamento para danos no DNA espermático depende da causa.
Por exemplo, em casos de estresse oxidativo ou inflamações, pode ser necessário o uso de antioxidantes ou antibióticos, respectivamente. Importante salientar que os trabalhos não são conclusivos, sendo questionado a eficácia de tais tratamentos. Já a varicocele requer abordagem cirúrgica para correção, caso haja deformidade anatômica da bolsa escrotal ou dor testicular, que comprometa a qualidade de vida do paciente.
Se os danos forem graves, a fertilização in vitro com ICSI é uma opção viável, já que permite a seleção de espermatozoides saudáveis diretamente dos epidídimos e testículos. Durante o tratamento, cada espermatozoide é avaliado individualmente e os embriões são cultivados em laboratório antes da transferência para o útero.
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