Detalhando as principais causas da infertilidade feminina
A dificuldade para engravidar acomete 20% dos casais em idade reprodutiva, conforme aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que a infertilidade feminina representa 40% destes casos, enquanto a masculina equivale a também 40%. Assim, uma combinação de fatores, femininos e masculinos, é responsável por 100% das ocorrências, e os outros 10% são decorrentes de causas indefinidas.
Diante desse cenário, é fato que a origem da infecundidade precisa ser investigada para o tratamento de fertilidade apropriado. De todo modo, um casal é considerado infértil após um período de 12 meses de tentativas, com relações sexuais frequentes e livres de qualquer método contraceptivo.
O momento ideal para buscar a ajuda da medicina reprodutiva é após esse tempo de investidas sem sucesso, quando a idade da mulher é inferior a 35 anos; já depois, o período de tentativas se restringe a 6 meses. O especialista, então, inicia um processo de análise para identificar a origem do problema e sua a solução.
Se você deseja saber quais os principais fatores que levam à infertilidade feminina, continue a leitura deste artigo!
7 principais fatores que causam a infertilidade feminina
O sonho de constituir uma família pode ser interrompido em virtude de dificuldades ou impossibilidade de gerar um filho. Essa situação tem diversas causas possíveis, sendo que parte delas está atrelada à saúde reprodutiva da mulher.
Confira, a seguir, quais são os principais fatores que levam à infertilidade feminina.
1. Menopausa precoce
Consiste na redução drástica da reserva de óvulos antes dos 40 anos, condição também conhecida como “insuficiência ovariana prematura”.
2. Idade avançada
Os óvulos sofrem perda de quantidade e qualidade com o passar do tempo.
3. Alterações hormonais
Os distúrbios hormonais, como hipo e hipertireoidismo, provocam desequilíbrios que interferem no ciclo menstrual da mulher, dificultando a fecundação.
4. Endometriose
A endometriose é uma doença caracterizada pelo crescimento fora da cavidade uterina do endométrio -revestimento interno do útero – acometendo as trompas, ovários e intestino, por exemplo.
5. Ovários policísticos e infertilidade feminina
É caracterizado pela presença de microcistos nos ovários, associados á dificuldade ou ausência de ovulação. Esse tipo de distúrbio hormonal também gera irregularidade no ciclo menstrual e na ovulação.
6. Salpingite
Corresponde à inflamação das tubas uterinas (ou trompas de Falópio), dificultando o encontro do espermatozoide com o óvulo.
7. Alterações anatômicas no útero
São condições que prejudicam a implantação do embrião no útero, as mais conhecidas são os miomas, pólipos e sinéquias (pequenas cicatrizes no endométrio).
Quais são os sinais de alerta para a infertilidade na mulher?
Do ponto de vista da medicina, não se pode falar em “sintomas de infertilidade”, uma vez que esses indícios apontam para as doenças e disfunções que têm como consequência a infertilidade feminina.
Nesse sentido, é preferível atentar-se aos sinais que sugerem a presença de alguma condição, a qual pode afetar a fertilidade da mulher. Os sinais de alerta, portanto, são os seguintes:
- Ciclo menstrual irregular;
- Fluxo menstrual muito intenso;
- Dores durante a relação sexual;
- Sangramento de escape (entre as menstruações);
- Cólicas muito fortes.
Além disso, alguns efeitos são característicos dos distúrbios hormonais, tais como falta de apetite sexual, queda de cabelo, ganho de peso, surgimento de acne e oleosidade na pele.
Como cada fator dificulta o processo da fertilidade natural?
As chances de alcançar uma gravidez natural não são tão altas quanto parecem – e isso pode se confundir com a infertilidade feminina.
Para casais com boas condições férteis, a possibilidade de gravidez espontânea fica entre 15 e 20%. E o percentual diminui gradativamente à medida que avança a idade da mulher, chegando a apenas 5% aos 40 anos.
Essa redução acontece porque as mulheres já nascem com todo seu estoque de folículos ovarianos, as estruturas que abrigam os óvulos. Esse armazenamento é o que chamamos “reserva ovariana”, a qual entra em declínio quando a mulher entra na puberdade.
Em outras palavras, os folículos se desenvolvem a cada ciclo devido à atuação do hormônio folículo estimulante (FSH). O folículo dominante libera o óvulo maduro, mas, caso não ocorra a fecundação, todos esses óvulos são perdidos mês a mês.
Com a queda da reserva ovariana e a perda de qualidade dos gametas, a probabilidade de infertilidade feminina aumenta e, em alguns casos, ocorre a menopausa precoce.
A irregularidade do ciclo menstrual também dificulta a reprodução, afinal, identificar a fase ovulatória torna-se uma tarefa complicada. Em determinadas situações, pode ser que a mulher nem sequer tenha ovulação, condição denominada anovulação.
Quando a situação de infertilidade na mulher é decorrente de malformações anatômicas, a dificuldade se concentra no fato de que o embrião não consegue se instalar na cavidade uterina. O processo de implantação no útero é chamado nidação e só acontece quando seu revestimento interno, o endométrio, se encontra em condições ideais.
Algo semelhante ocorre no caso de obstrução das trompas devido à inflamação, porque, assim, o espermatozoide não consegue encontrar o óvulo.
Afinal, quais são as possíveis soluções para tais adversidades? É o que você verá a seguir!
Tratamento para a infertilidade da mulher
Considerando que a infertilidade feminina tem diversas razões, que podem ser únicas ou ocorrer simultaneamente, há uma série de tratamentos possíveis para eliminá-las e possibilitar a gravidez.
Cirurgias e terapias medicamentosas podem ser eficazes no tratamento de doenças que listamos anteriormente: endometriose, salpingite, síndrome dos ovários policísticos, entre outras.
Ainda assim, pode haver a necessidade de recorrer a um método de Reprodução Assistida (RA) para realizar o sonho de engravidar. As principais técnicas de RA são a Inseminação Intrauterina e a Fertilização in Vitro (FIV).
Na Inseminação Intrauterina, os espermatozoides são injetados na cavidade uterina, a fim de facilitar o percurso até as trompas de Falópio. Por outro lado, na FIV, o encontro dos gametas feminino e masculino é realizado em laboratório, onde o embrião se desenvolve até o estágio apropriado para a transferência embrionária.
São procedimentos que se diferem em alguns aspectos, por exemplo, a necessidade de coletar os óvulos para a FIV, o que não é preciso em outros métodos. Apesar disso, uma etapa comum aos tratamentos é a estimulação ovariana.
Esse passo é fundamental no que se refere ao crescimento dos folículos, maturação e liberação dos óvulos, visando aumentar as chances de fecundação em um ciclo. No entanto, se a paciente apresentar anovulação, o recurso ideal é a doação de óvulos.
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