Qual a relação entre a infertilidade e as trompas de falópio?

Postado na categoria Sem categoria em e atualizado em 02/06/2022

O potencial fértil da mulher é regido por diversos fatores e condições capazes de favorecer ou dificultar a gestação espontânea. Entre eles, podemos citar as trompas de falópio, um importante órgão do aparelho reprodutor feminino.

As trompas, também conhecidas como tubas uterinas, ficam localizadas em cada lado do útero e possuem cerca de 10 centímetros. É nelas que ocorre o encontro do espermatozoide com o óvulo, ou seja, a fecundação. Mais que isso, também são funções das trompas:

  • Captar os óvulos liberados pelos ovários;
  • Transportar para o útero o embrião formado após a fecundação.

Nesse sentido, sabe-se que as tubas uterinas cumprem papéis fundamentais no sistema reprodutivo da mulher. Afinal, problemas tubários podem dificultar a fertilidade feminina e, ainda, provocar complicações na gravidez.

Continue a leitura deste artigo e entenda mais sobre o assunto!

Trompas de falópio: principais problemas e anomalias na pelve

A pelve corresponde à parte inferior da barriga, onde estão localizados órgãos como intestino, bexiga, útero e ovários. Nessa área, encontram-se também as trompas de falópio, formando ali o aparelho reprodutor feminino.

Fato é que certos problemas encontrados na região pélvica tem relação ou afetam as trompas. De modo geral, os quadros mais comuns envolvendo as trompas são relativos a obstruções ou à mobilidade, que pode ser baixa ou até mesmo ausente.

Essas situações podem ser decorrentes de inflamações ou infecções pélvicas, a exemplo de apendicite, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), endometriose, cirurgias abdominais ou pélvicas.

Estima-se que 30% das dificuldades relativas à fertilidade feminina são associadas às tubas uterinas. Isso porque as lesões ou obstruções nas trompas de falópio dificultam a passagem dos óvulos e dos espermatozóides, prejudicando a fecundação.

Quais são os sintomas dos problemas nas trompas?

Normalmente, a presença de alterações tubárias é silenciosa, não costuma apresentar sintomas. Sua descoberta pode acontecer, inclusive, de forma inesperada em um ultrassom de rotina ou em cirurgias pélvicas.

Eis a importância do acompanhamento ginecológico recorrente, sobretudo para mulheres que desejam engravidar, pois, as condições adversas nas trompas de falópio podem desencadear complicações gestacionais.

Inflamação nas trompas tem cura?

Em primeiro lugar, é preciso diferenciar inflamação de infecção. Ambos são processos inflamatórios, a diferença é que a inflamação ocorre sem a presença de microrganismos, ao contrário da infecção, cujo agente causador é uma bactéria ou vírus.

Sendo assim, a inflamação pode ser solucionada espontaneamente, sem a necessidade de tratamentos específicos. A infecção, por sua vez, requer uma abordagem específica, como o uso de antibióticos prescritos pelo ginecologista.

Casos mais graves podem ter como solução cirurgias para retirada das trompas ou outros órgãos acometidos pela infecção, como o útero e os ovários.

Portanto, é fundamental consultar o especialista para evitar o desenvolvimento do problema, que é capaz de resultar em infertilidade, infecção generalizada, gravidez ectópica, entre outros.

O que fazer caso haja problemas nas trompas de falópio

Tudo depende da situação em que a paciente se encontra, por isso, cada caso deve ser avaliado individualmente a fim de obter o diagnóstico e encaminhar para o tratamento mais adequado.

O caso pode ser configurado como leve ou severo, e para cada ocasião há recursos específicos. Para identificar a gravidade do problema, o especialista deve realizar o exame de histerossalpingografia (HSG).

A HSG consiste em um exame de radiografia. Sua finalidade é analisar as condições do colo e da cavidade do útero e das tubas, sendo capaz de detectar obstruções, aderências e dilatações nas trompas de falópio.

Como parte complementar à HSG, temos também a videolaparoscopia, que é, ao mesmo tempo, um exame e um procedimento cirúrgico. Com a videolaparoscopia, é possível identificar com maior precisão as anomalias tubárias, além de corrigi-las, quando possível.

Trata-se de uma abordagem pouco invasiva, em que são feitas pequenas incisões na área inferior do abdômen. Por esses cortes, são inseridos os instrumentos cirúrgicos a fim de proporcionar a desobstrução dos canais tubários.

Importante salientar que a operação é recomendada para pacientes com idade abaixo de 35 anos, com o objetivo de restabelecer as condições ideais de funcionamento das trompas. A partir dessa idade ou em casos de sequelas nas tubas por doenças, ou cirurgias anteriores, o procedimento mais indicado é a Fertilização in Vitro (FIV) para a mulher que deseja engravidar.

Posso engravidar com apenas uma trompa?

Sim, é possível engravidar com apenas uma das trompas. Ainda que as chances sejam menores, os problemas nas tubas uterinas não são uma sentença de infertilidade permanente.

Quando falamos da relação entre infertilidade na mulher e trompas de falópio, estamos nos referindo a dificuldades e complicações ao longo das tentativas de obter a gravidez. No entanto, a gestação é totalmente viável mesmo quando somente uma das trompas esteja apta a liberar óvulos a serem fecundados.

Agora, se a concepção não acontecer após o período de um ano de tentativas, é recomendado que se procure um especialista em reprodução assistida. Assim, diante do histórico da paciente, do seu relato e dos seus exames, o médico iniciará o tratamento de fertilização in vitro.

Com esse método, as chances de engravidar são significativamente maiores. Isso porque, além dos medicamentos para indução da ovulação, é feita a coleta dos óvulos para serem fecundados no laboratório.

Dessa forma, o encontro dos gametas femininos e masculinos, que naturalmente aconteceria nas trompas, irá ocorrer por intervenção de embriologistas. Isso significa que não haverá dificuldades quanto ao transporte dos óvulos e seu encontro com os espermatozóides.

Em todo caso, é indispensável consultar o ginecologista, seja para diagnosticar e tratar o problema, seja para receber encaminhamento a um centro de reprodução humana assistida.

Agora você já sabe o que são as trompas de falópio e quais as suas implicações na saúde reprodutiva e na fertilidade feminina. Não pare por aqui! Continue conosco em nosso site e aproveite para acessar também as nossas redes sociais e conferir mais conteúdos informativos como este.