Congelar ou não congelar? Saiba como escolher a melhor forma de transferir seus embriões

Postado na categoria Notícias em e atualizado em 27/07/2023

Neste post, você vai aprender sobre as vantagens e desvantagens de transferir embriões frescos ou congelados, e como decidir qual é a melhor opção para o seu caso. Confira!

A transferência de embriões é uma das etapas mais importantes relacionadas às técnicas de reprodução assistida. Ela tem ligação direta com a escolha dos embriões, do melhor período que ocorrerá a transferência e com o aspecto do endométrio.

Há dois procedimentos que podem ser utilizados para a transferência dos embriões: a técnica a fresco, ou seja, quando os embriões são transferidos no ciclo de estímulo ovariano; ou congelados, através do processo de vitrificação e trnasferidos num ciclo seguinte.

Mas qual é a diferença entre essas duas formas de transferir os embriões? E qual é a melhor escolha para cada caso? Vamos ver a seguir.

Transferência de embriões frescos

A transferência de embriões frescos ocorre quando os embriões são formados em laboratório após a fertilização dos óvulos pelos espermatozoides e logo transferidos ao útero da mulher, sem passar pelo congelamento.

Essa transferência pode acontecer entre dois e cinco dias após a coleta dos óvulos, dependendo da qualidade e do número de embriões disponíveis.

Segundo uma resolução do Conselho Federal de Medicina, de 2022, o número máximo de embriões que podem ser transferidos são dois, para mulheres com até 37 anos; três, para mulheres com mais de 37 anos.

A vantagem da transferência de embriões frescos é que ela evita o processo de congelamento e descongelamento dos embriões, que pode causar alguma perda de viabilidade dos mesmos, além de ser mais barata, por evitar os custos com congelamento e descongelamento.

A desvantagem é que essa transferência pode ser prejudicada pelo excesso de hormônios que a mulher recebeu durante o estímulo ovariano para produzir mais óvulos. Esse excesso pode afetar a receptividade do endométrio (camada interna do útero) e a implantação dos embriões. Entretanto, este efeito deletério não foi comprovado por estudos com um tamanho amostral mais robusto, o que põe em cheque esta linha de raciocínio.

Além disso, em casos de alta resposta ovariana (quando os ovários respondem exageradamente aos hormônios, produzindo um grande número de folículos) há o risco de desenvolver a síndrome do hiperestímulo ovariano (SHEO), uma complicação que causa inchaço, dor e acúmulo de líquido no abdômen e nos pulmões. Nesse caso, é preciso adiar a transferência dos embriões até que os ovários voltem ao normal.

Transferência de embriões congelados

A transferência de embriões congelados ocorre quando os embriões são formados em laboratório após a fertilização dos óvulos pelos espermatozoides e passam pelo processo de vitrificação, que consiste em congelá-los rapidamente em nitrogênio líquido a -196°C.

Esses embriões ficam armazenados em botijões especiais até que sejam descongelados e transferidos ao útero da mulher em um ciclo posterior ao da coleta dos óvulos.

Essa transferência pode acontecer no ciclo seguinte ou em um momento mais adequado para a paciente, sem limite de tempo.

A vantagem da transferência de embriões congelados é que ela permite um melhor preparo do endométrio para receber os embriões, sem interferência dos hormônios usados no estímulo ovariano (como dito anteriormente, efeito deletério que não foi comprovado por estudos mais recentes com tamanho amostral maior). Além disso, ela evita o risco de SHEO e permite selecionar os melhores embriões para cada caso.

A desvantagem é que há uma pequena chance de perda ou dano dos embriões durante o processo de congelamento e descongelamento. No entanto, com as técnicas atuais de vitrificação, essa chance é muito baixa e as taxas de sucesso são semelhantes às da transferência de embriões frescos.

Como escolher a melhor forma de transferir os embriões?

Não há uma resposta única para essa questão, pois cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico especialista em reprodução assistida, levando em conta as características da paciente, do parceiro, dos embriões e do endométrio.

Em geral, a transferência de embriões congelados tem sido mais indicada para as pacientes que apresentam risco de SHEO, que têm endométrio inadequado ou que desejam adiar a gravidez por algum motivo pessoal ou médico.

Já a transferência de embriões frescos pode ser uma boa opção para as pacientes que respondem bem ao estímulo ovariano, que têm endométrio receptivo e que não querem esperar mais tempo para engravidar.

O importante é conversar com o seu médico e tirar todas as suas dúvidas sobre as vantagens e desvantagens de cada forma de transferir os embriões. Assim, você poderá tomar uma decisão mais consciente e segura sobre o seu tratamento de reprodução assistida.

 

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