Infertilidade secundária: O que é? E quais são os tratamentos?
Para quem já tem filhos, será sempre fácil engravidar novamente? Pela ordem natural das coisas, pode-se pensar que sim, mas isso não é uma verdade absoluta. Pessoas que já conseguiram conceber uma ou mais vezes podem se deparar com uma dificuldade chamada infertilidade secundária.
A situação tem diversas possibilidades de causa, sejam elas femininas, masculinas ou uma combinação de vários fatores. De fato, as condições férteis de uma pessoa tendem a sofrer alterações devido ao passar dos anos ou mesmo por influência de hábitos e fatores externos. Por isso, uma boa avaliação médica é indispensável para obter um diagnóstico e prosseguir com um tratamento adequado.
Entenda, neste artigo, o que é a infertilidade secundária, quais as suas causas, como identificar e quais os tratamentos possíveis.
O que é infertilidade secundária?
A infertilidade é a incapacidade de engravidar após um período de um ano de tentativas regulares sem uso de métodos contraceptivos. Caso a pessoa não tenha tido uma gravidez anterior, a situação é chamada infertilidade primária. Para quem já conseguiu conceber antes, consideramos como infertilidade secundária.
Através do senso comum, acredita-se que pessoas que já tiveram uma concepção bem-sucedida anteriormente podem engravidar novamente sem dificuldades. No entanto, a realidade é que nem sempre acontece dessa forma, sendo que o casal pode não conseguir obter mais uma gestação.
O que pode causar infertilidade secundária na mulher e no homem?
O sistema reprodutor de mulheres e homens depende de muitos fatores para funcionar adequadamente. Um deles, e talvez o principal, é a idade, mas a qualidade dos gametas também influencia no processo de fecundação, além da saúde geral do casal e outras questões.
Na mulher, a infertilidade secundária pode ser causada por problemas como endometriose, miomas uterinos, obstrução das trompas de falópio, ovários policísticos, alterações na ovulação, entre outros.
E ainda, a idade avançada é uma questão que impacta a capacidade fértil feminina, uma vez que a perda de óvulos é constante desde a primeira menstruação até a menopausa.
Já para o homem, a idade não é algo que afeta sua fertilidade. As causas mais frequentes para infertilidade secundária no homem são a diminuição da contagem de espermatozoides ou alterações na qualidade do esperma.
Tanto para a mulher quanto para o homem, fatores externos, como o consumo de álcool e drogas, tabagismo ou exposição a determinadas substâncias químicas, podem afetar seu potencial reprodutivo. A ocorrência de infecções sexualmente transmissíveis no histórico do casal também implica na possibilidade de infertilidade.
É importante ressaltar que, em muitos casos, a infertilidade secundária não tem uma causa única e pode ser motivada por uma combinação de fatores. Além disso, pode ser difícil determinar a causa exata do problema, pois pode ser necessário realizar vários testes e exames antes de chegar a uma conclusão.
Como identificar a infertilidade secundária?
Assim como em casos de infertilidade primária, a secundária é identificada após um determinado período de tentativas de gravidez sem sucesso. Para mulheres com até 35 anos, as tentativas de concepção devem ocorrer durante um ano, livre de métodos contraceptivos. A partir dessa idade, o período de tentativas diminui para 6 meses.
Após o prazo, o casal deve procurar ajuda médica para avaliação e realização de exames. Os mais comuns são os ultrassons e exames de sangue e, especificamente no caso dos homens, deve ser solicitado um espermograma. O teste avalia as condições do sêmem, considerando quantidade, qualidade e motilidade dos espermatozoides, além de outros parâmetros.
Quais os tratamentos para a infertilidade secundária?
Para tratar a infertilidade secundária, é necessário identificar qual ou quais as causas do problema. Afinal, o tratamento adequado será definido a partir desse diagnóstico, ou seja, não existe uma opção que englobe todos os casos.
Os métodos disponíveis são atualmente classificados como de baixa ou alta complexidade. O coito programado faz parte do primeiro grupo, sendo uma orientação do especialista para ter relações sexuais em datas que favoreçam a fecundação. É um método recomendado em casos mais simples, como anormalidades na ovulação.
A inseminação intrauterina também é de baixa complexidade, ideal para casais com fatores masculinos de infertilidade. A técnica consiste na coleta, preparação e inserção dos espermatozoides através do canal vaginal, até serem depositados diretamente no útero da paciente.
Já a fertilização in vitro (FIV) é um tratamento complexo, indicado para pacientes com questões mais graves, mas pode ser feito em qualquer ocasião de infertilidade. Além de coletar o sêmen, os óvulos também são coletados, e todo esse material é enviado ao laboratório para que a fecundação aconteça. Após a união dos gametas, o embrião gerado é transferido para o útero da paciente.
É importante que qualquer casal que esteja lutando contra a infertilidade secundária procure ajuda médica o mais cedo possível. Os especialistas em reprodução assistida podem ajudar a determinar a causa da infertilidade e recomendar os melhores tratamentos para aumentar as chances de engravidar.
Por isso, esteja com suas consultas e exames médicos em dia caso esteja tentando uma gestação. Também certifique-se de manter hábitos saudáveis e evitar substâncias nocivas à sua saúde reprodutiva.
Se você desconfia que tem infertilidade secundária, procure um especialista! Para mais conteúdos como este, faça uma visita ao nosso site e acompanhe-nos nas redes sociais: