A primeira gestação descrita com a utilização da técnica de doação de óvulos foi em 1983 por Trounson e colaboradores. Ela consiste na utilização de óvulos doados para a posterior formação de embriões a serem transferidos para sua receptora.
De acordo com as leis brasileiras, podem ser doadoras somente aquelas mulheres saudáveis, com idade inferior a 35 anos, sem história familiar positiva para doenças hereditárias e apresentarem screening negativo para doenças infecto-contagiosas, como sífilis (VDRL), hepatites B (HBsAg) e C (anti-HCV), HIV I e II, HTLV 1 e 2.
Os casais doar/receptor deverão ser pareados de acordo com o tipo sangüíneo e características físicas. Além do mais, deverá existir anonimato absoluto entre as partes (doadoras e receptoras) e não poderá haver caráter econômico. Uma vez realizado o pareamento dos casais, a doadora iniciará seu tratamento (estimulação ovariana para posterior FIV/ ICSI), enquanto que a receptora realizará a preparação endometrial por meio de hormônios (estradiol e progesterona), para a transferência de embriões obtidos pela fertilização dos óvulos doados com o sêmen do seu marido.
A divisão dos óvulos ocorrerá no dia da punção ovariana da doadora, após sua análise morfológica, a fim de se evitar diminuição das possibilidades de gestação de qualquer uma das partes. Representam indicações para a realização deste TRA:
- Menopausa precoce ou por idade avançada
- Baixa resposta ovariana
- Má qualidade embrionário
- Anomalias genéticas femininas dominantes ou ligadas ao sexoAs taxas de gestação obtidas estão ao redor dos 60% por tentativa.